quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

#Galáxias - Via Láctea, a cidade com um buraco no meio...

Lendo a Parte 1 desta série sobre as galáxias, vimos como estes gigantes se assemelham com uma grande metrópole. Assim, hoje nós iremos viajar um pouco mais a fundo, em seu agitando, quente e perigoso centro. Onde a força da gravidade é tão forte que é capaz de, literalmente, decompor um ser humano, átomo por átomo. Vamos nessa!?





Ao longo dos anos a NASA e a ESO, tem fotografado cada vez mais o centro de nossa galaxia, utilizando de técnicas que detectam não só luz visível como raio X, infravermelho, etc... Podendo assim driblar toda a poluição de poeira que ofusca a nossa visão do seu interior. E uma descoberta que deixou muita gente de boca aberta, é que foi comprovado que no interior da via láctea possui um monstruoso buraco negro, de massa tão gigantesca que consegue manter toda a galaxia girando em torno dele. Mas calma calma, "não primemos cânico", este buraco negro está tão distante que não cria nenhum perigo ao nosso querido lar.

Região do céu em que podemos ver onde fica o centro da nossa Via Láctea. Entre as constelações de Escorpião e Sagitário.  Fonte


Mas se o buraco é "Negro" como conseguimos identifica-lo!? Simples a resposta, ao analisar imagens em raio-x feitas do interior da galaxia, astrofísicos notaram que haviam estrelas se movimentando em uma velocidade assustadoramente grande, e somente algo em todo o universo possui uma massa tão absurda capaz de tal efeito gravitacional, um buraco negro. Esta descoberta abriu os olhos dos astrônomos para as galaxias vizinhas, e assim notaram que não é tão incomum possuir estes monstros em seus núcleos.

Ilustração, demonstrando a órbita das estrelas no centro da galaxia, que permitiu a identificação do buraco negro.
Fonte
Para entendermos melhor a imagem acima acompanhe meu raciocínio. Cada "bolinha" colorida é uma estrela específica, toda vez que esta bolinha se repete mostra o quanto a estrela andou neste intervalo de tempo, (1995 - 2004). Assim, sabendo suas posições, podemos desenhar as trajetórias de deslocamento das estrelas ao longo deste período (linha pontilhada), assim vemos que todas as estrelas estão "girando" (orbitando) em volta de um mesmo foco, (Vejam aqui uma ilustração mostrando como descobrir este foco) ilustrado aqui como uma pequena "estrelinha" amarela. Ali fica o buraco negro, afinal (em síntese) no espaço somente a gravidade pode mudar a trajetória de um corpo celeste.

Qualquer dúvida postem nos comentários, terei maior prazer em esclarecer!

Um Céu estrelado a todos!


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